Como nos tempos tenebrosos, atualmente afiançam-se parciais conhecimentos por todos os poros midiáticos, alocando-se no mesmo cadinho o que de pior e melhor existem nas Instituições; assim também é feito com a Maçonaria.
De costume, dizemos “a Maçonaria”, mas na verdade deveríamos dizer "as Maçonarias", porque efetivamente existem, se assim podemos dizer, duas: a Maçonaria Regular e a maçonaria irregular.
Meter tudo no mesmo saco não me parece justo.
Distinguem-se, ao que me é permitido avaliar enquanto observador e convicto da existência de ambas, pela fidelidade às chamadas, digamos, Regras Maiores.
Fiquemos, didaticamente, com algumas.
Uma segue-as religiosamente e por isso se diz "Regular", a outra não, e por isso se intitula irregular.
Visitando escritos que algumas Lojas facultam a leitura pública, podemos tomar conhecimento do que versam exotericamente essas regras.
Realço alguns pontos que me parecem, temporalmente, muito significativos:
- A maçonaria regular não é ateia nem agnóstica: é absolutamente deísta;
- Proíbe aos seus membros a discussão ou controvérsia política ou religiosa, com base no respeito pela crença ou opinião política de cada um;
- Só aceita como membros homens de honra, maiores de idade, leais e discretos, de boa reputação, "dignos de ser bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem, e o infinito poder do Eterno";
- Cultiva nas suas lojas o amor à Pátria, a submissão às leis e o respeito pela Autoridade constituída;
- Prescreve aos seus membros um "exemplo ativo de comportamento em sociedade, digno e são".
O maçom regular tem o dever de contribuir para o aperfeiçoamento da humanidade através do seu aperfeiçoamento pessoal.
Em contrapartida, a maçonaria irregular não se atém a estas regras.
É desregrada.
Pior: nos pontos por mim realçados até se esmera, por vocação, no seu contrário.
Sendo essencialmente jacobina, acoita ateus, agnósticos - e só o Diabo sabe mais o quê.
Entende que as “lojas” são locais, por excelência, para a discussão político-religiosa, para a conspiração e para a conseqüente intervenção política na sociedade, de modo a alterá-la de acordo aos guisados luminosos do governante de plantão.
Cumpre uma agenda essencialmente destinada ao conchavo negocial, das regras do “toma lá dá cá”.
Isso é a maçonaria irregular, meus amigos.
País azarado este; não basta a politicalha infestando todos os quadrantes do mapa... e até na Maçonaria tinha que sair mixórdia.
Uma porcaria de maçonaria a martelo!
A outros saiu a Ordem; a nós tinha logo que calhar a seita.
As velhas regras indicam o caminho, sigamo-las.
Cremos que a Instituição Oficializada da Ordem Maçônica, gerida pelos maçons, precisa rever seus conceitos, urgente... Refletir seriamente na doutrina basilar da Maçonaria, a Original mesmo, que se perde nas brumas do tempo, do instinto natural de amor e solidariedade, pois esse Espírito deve prevalecer sobre a Matéria.
Imaginamos uma maçonaria FORTE e UNIDA, em pensamento e atitude, debates de contextos abrangendo nossa sociedade, ações efetivas para melhoria e equacionamento das diferenças econômicas, que resulta nessa discrepância social no mundo maquiavélico humano
O Maçom se reconhece olho no olho, apertando-se as mãos, não pela função pública,não pela conta bancaria, não apresentando carteirinha de “associado”, como se pertencesse a um clube.
A Maçonaria não é um reles valhacouto.
...
*Léo Gonsaga Medeiros é cidadão cuiabano
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