Esse texto é um ensaio provocativo, um exercício que pretende lançar algumas reflexões sobre a temática política da cooptação do vice.
Não existe mulher difícil, afirmam os experts. E completam: o que existe é mulher mal cantada.
Ops ! Vamos falar de politicagem e não de prevaricações.
Há várias maneiras de se escolher um candidato a vice, incluindo-se as abordagens clássicas inusitadas , e a s originais e criativas.
Existem também os convites que atentam contra a dignidade e a inteligência do convidado.
Se você quiser ganhar um vice, fique esperto e tome cuidado com a sua maneira ou técnica de abordagem a ser utilizada.
Afinal, você estará diante de um espécime raro de ser humano, afinal vice, equivale a quase uma condenação ao ostracismo, portanto, todo o cuidado é pouco.
Não se pode vacilar.
Nesses casos, a prudência exige que você vasculhe o seu arsenal de artimanhas capazes de gerar dividendos.
Mas, o que conta mesmo para muitos alvos, não é a prudência, mas sim o grau de ousadia, desde que a mesma não seja grosseira.
A sua cantada , ¨puts¨, já estou confundindo as coisas, voltemos ao assunto; para se conseguir um vice são necessárias boas pitadas de mistério, negociação de cargos, ofertas de empregos para aliados, garantia de realização de obras no futuro, empatia pessoal, diálogo simpático, apoio das bases...
Mas, não pense o titular que apenas belas palavras, lisonjas ou galanteios sejam suficientes para garantir um bom vice.
O bom cooptador tem que ser sutil, insinuar-se de maneira quase que imperceptível, e, acima de tudo, deverá ter a capacidade de fazer a vítima , digo, o futuro vice, sentir-se lisonjeado(a), poderoso(a) e irresistível.
É preciso exercer fascínio sobre o alvo, de maneira a despertar nele os instintos mais primitivos e a volúpia do cargo.
Mas, um alerta:
Nem todos(as) os candidatos vivem no cio, digo, tem a ambição tão despertada, como pensa o prefeito titular.
Os bons candidatos a vice precisam de muito estímulo, de muito incentivo, para darem um pequeno passo em direção à cama, digo, a aceitação do convite.
Recomenda-se que no período de escolha do vice, você redobre a sua atenção e aguce a intuição.
Ao identificar um belo candidato, aquele que mexe com você, saiba que tem que lançar mão de todas as suas armas.
O jogo político de conquista e da sedução é uma arte que precisa ser bem executada.
Você quer mesmo um conselho sobre essa difícil arte?
É simples.
Esqueça todas as regras e técnicas.
Deixe emergir na sua pele, nos seus sentimentos e emoções o espírito aristotélico que existe dentro de você.
Não, isso não é papo furado e nem é conversa de psicanalista de fundo de quintal.
É a mais pura verdade.
Essa é a receita infalível de uma boa e irresistível conquista de aliado.
Mas, se você quer apenas um vice para matar o tempo, preencher as exigências do TRE e saciar a sua sede de macho colecionador de aliados, pode prosseguir no uso do manual de cantadas clássicas.
Assim terá garantido para todo o tempo de seu mandato um traidor para cada dia, uma coleção de problemas, de acertos, de acordos espúrios; mesmo que você hoje ainda não tenha consciência disso.
Não existe um candidato difícil, afirmam os experts. E completam: o que existe é proposta e candidato mal cantado(a).
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*Kamarada Mederovsk é um ¨cerumano¨ como outro qualquer outro
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