Só se fala nos últimos dias na Copa “Pantanal”. Cuiabá é, enfim, uma das sub-sedes da Copa de 2014.
Os projetos serão, “com certeza”, ecologicamente corretos e lindos.
Quanto custarão ao bolso do povo?
“- 500 milhão meu patrão, só pra começar.”
Será que já estão contabilizados os níqueis dos projetos arquitetônicos iniciais?
Ainda não existem informações concretas sobre como e de onde virão todos os recursos para as obras.
Fala-se muito em parceria com empresas privadas, mas o que é bom saber mesmo é sobre a participação do Estado.
Quanto sairá diretamente dos cofres públicos? E que incentivos serão dados para que as tais empresas se sintam motivadas a injetar a grana?
Direta ou indiretamente, teremos dinheiro do Governo (também conhecido como “nosso dinheiro”) em todo o projeto, e, aposto que não será pouco.
Por falar nisso, tomando como referência eventos esportivos anteriores, vemos que só se consegue dinheiro privado para construção de estádios com a associação a times que tenham previsão de retorno: Bayer de Munique, Arsenal e o holandês Ajax são alguns exemplos.
No Brasil, se isso já é difícil nos grandes centros do país, o que dizer de Cuiabá?
Flamengo e Corinthians, as maiores torcidas do país, com um imenso potencial de retorno, não possuem “casa própria”.
Quais argumentos serão utilizados para se conseguir investimentos para os clubes locais?
O fato está na mesa e as discussões já começaram, com “celebridades” esportivas locais, dirigentes, políticos, todo mundo metendo seu bedelho.
Curiosamente, tem-se falado mais de possíveis metrôs e dos benefícios políticos do que das implicações esportivas.
E o futebol, como é que fica?
Não sou contra a Copa do Mundo, muito pelo contrário: sou apaixonado por futebol como todo brasileiro. Claro, uma Copa não se resume ao campo, é necessário ter toda uma infra-estrutura, que vai desde a saúde até o transporte público, daí a necessidade de investimentos.
Mas e o esporte? E depois?
Tomemos o Ginásio Aecim, de elevado custo. Qual foi até agora a sua destinação útil?
Com o novo “Verdão” já consigo imaginar as partidas do nosso pujante campeonato, arquibancada lotada, que beleza! É o maior campeonato de peladas do mundo.
Lembro dos “elefantes brancos” do Pan do Rio de Janeiro. Pan que, por sinal, começou com 70% de investimentos privados e acabou com o governo federal metendo a mão no bolso pra dar uma forcinha.
A cidade receberá centros de treinamento zeradinhos, em padrões internacionais?
E depois?
Teremos programas esportivos organizados para a sociedade ou será mais um patrimônio privado?
Toda a infra-estrutura que agora se canta em prosa e verso são essenciais para a cidade, independente do evento esportivo que se propõe realizar.
Só a copa serve de motivação? E, se a copa não viesse nada seria feito?
Infelizmente foi necessária a motivação extra para que se pense no futuro da cidade.
Agora e urgente, mãos a obra e menos conjugação de verbos na primeira pessoa do plural.
E por favor, chega dessa “semgracera” e dessa sem educação de competição com os paraguaios, ops, digo com os irmãos do MS!
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*Kamarada Mederovsk é "cerumano" como outro qualquer
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