O bom político, o político frouxo e o homem bom 20/10/2007

Em todas as sociedades humanas e a botocundiana não é diferente, existem os políticos, homens bons, necessários; mas, existem os maus homens, que se tornam maus políticos e governantes frouxos.

A política é necessária na constituição das sociedades. O ser humano nasce, a partir de uma discórdia fundamental, que se traduz numa insatisfação consigo mesmo e com seus semelhantes.

O bom homem viverá em cooperação com os outros homens bons; não aspirará à autoridade porque desconhece a autoridade; será eficiente, sem ser cruel e saberá governar com sabedoria.

O Frouxo saberá gramática (?), saberá sintaxe (?), saberá dar medalhas, saberá fazer discursos longos e chatos, saberá tudo, menos tomar decisões que é a única coisa que ele deveria fazer!

O homem bom tem alguma pretensão revolucionária, guerrilheira, enfim, ser um cabra macho.

O homem bom agirá no sentido de administrar a discordância originária.

O bom político é aquele que sabe das limitações implícitas no ato de governar.

Sua presença impede que a vida seja um verdadeiro caos e que cada um se isole no seu canto, encurralado, vigiando seus bens, num estado de constante alerta para que ninguém se apodere do que é seu.

O Frouxo nasceu para provar que nem todos os que são eleitos sabem governar!

O Frouxo ameaça e manda recados indiretos nos discursos, mas, quando precisa decidir é frouxo!

O Frouxo tem que ouvir meio-mundo antes de se decidir! Reluta em assumir responsabilidades que lhes foi delegada pelo voto.

O Frouxo é Frouxo!

O frouxo é um medíocre!

O bom político governa sem alimentar muitas esperanças.

O bom político não promete, sabendo que não irá cumprir.

O bom político cria, com a arte da política, as condições da suportabilidade, da “convivência entre diferentes”, em um tempo e num determinado lugar.

Os maus políticos, os homens frouxos, são uma “renca” de charlatães e de vendidos.

O Frouxo é um habilidoso! Insinuante! Um verdadeiro 171!

O Frouxo dá sono só de ouvir discursar!

O frouxo é um invertebrado, não tem espinha dorsal.

O frouxo erra quando se identifica com aquilo lhe pedem, caindo numa posição de se fazer amado.

O bom político é aquele que sabe das limitações implícitas no ato de governar.

O bom político insiste no processo de conscientização com o objetivo de passar ao público a necessidade de dividir responsabilidades, mantendo, ao mesmo tempo, uma pequena dose de esperança.

O Frouxo é o escárnio da consciência!

Se o Frouxo é de esquerda eu quero ser de direita.

O Frouxo é a meta da decadência mental!

O Frouxo é inteligente, mas, não vale nada, não sabe nada, não é decente, nem zero!

O frouxo é um entulho das desvantagens e dos sobejos!

Mas, o homem bom, o bom político, exerce a difícil e sacrificial tarefa de fazer valer o consenso como o que autoriza a regulação social, ao que é comum a homens e mulheres, independentes do sexo, da cor, das diferenças ideológicas em direção à cidadania.

Na Botocúndia a luta continua, os frouxos estão em declínio.

E na sua terra amigo?

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