Odor mefítico 21/07/2010

Estamos vivenciando um momento, uma época típica em que a classe política exala o seu cheiro mais verdadeiro, mais próximo da pessoa, de suas aspirações e propósitos.

É o período do nudismo moral, no qual os candidatos são despidos, perdem a casca, o verniz imposto por seus marqueteiros; é o período da verdade.

É o período compreendido no tempo entre a eleição e a posse dos eleitos.

Agora começa a aparecer a verdadeira face, antes coberta pelas embalagens enganosas que iludiram os eleitores; houvesse um Código de Defesa do Eleitor, muitos seriam denunciados por propaganda enganosa.

Venceu o marketing político, os fins parecem ter justificado os meios.

Os canditados são vendidos como xarope pra tosse, um verdadeiro vale-tudo, a mentira usada com instrumento sórdido, enganando o povo cujo acesso à cultura e a informação é precário.

A fedentina está começando a atingir o seu mais alto nível, estendendo-se para o lado norte, aproximando os agentes políticos atraídos pelo mau cheiro.

Anda a pleno nos palácios, nos bastidores, nos corredores, nas vielas, nos botecos, nos lupanares, nas feiras, enfim, nos corredores das cidades, a disputa pela gerência das casas legislativas; está em vigor o período da desova dos sentimentos, da arrogância e dos conchavos.

Uma grande festa.

Nesse período, podem conferir, absolutamente nenhum tema ligado a interesse de cidadão, eleitor, comunidade ou país está sendo tratado pelos políticos.

O tal mau cheiro atrai de tal forma os políticos, feito bestas no cio, que nada lhes incomoda, chafurdam-se à frente de todos, em frenesi.

O exemplo vem do planalto central, a agenda de hoje – compromissos privado -- do Luiz Inácio é exemplar da temporada do mau cheiro.

Que varonis tratativas terá com essas “lideranças republicanas”?

Pobre povo, o mefítico fedor que rodeia a carniça, não lhe trará mais saúde, educação, segurança.

Aqui em Cuiabá, o nauseabundo cheiro ronda a parte alta da cidade, onde os representantes do povo alardeando suas "vitórias eleitorais" iniciam o processo de tomada do poder, verdadeira briga de hienas pelo espólio do governo anterior, este também "bravamente sufragado" pelo povo.

Um dia isso acaba, a moral, a ética.... ou, talvez, um bom e sólido paredón resolva a esbórnia, afinal parece que deu certo numa ilha caribenha.

Estarei errado?

...

*Kamarada Mederovsk -- aquele "cerumano" como outro qualquer -- sob inspiraçao do Thomás

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