Campanha política na Botocúndia 19/09/2008

¨Muitos políticos vêem facilitando seu nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas e funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão-somente usam de uma inteligência de rebanho. É preciso impedir que os homens se tornem sensatos¨. (K. Jaspers, filósofo alemão)

Quem não pensa, é pensado!

Quem não tem rumo, é conduzido!

É tempo de eleição, na Botocundia.

É tempo de praticar a arte da corrupção, da tapeação e da dissimulação.

Aqui, a política de tapear, dissimular, inverter e camuflar é do jogo. E abunda o oportunismo.

Por isso é premente investir o máximo em educação para que não se fale mais em cimento social da desfaçatez, mas que com o poder do voto lúcido, sem barganha e sem cabresto, se faça, um dia, uma nação melhor.

É por isso que o chamado ¨cimento social¨ não dá liga.

É que, no ingrediente da argamassa, tem política demais e consciência de menos.

E o povo continua pagando a fatura da irresponsabilidade.

Os eleitores botocundianos, eliminada a massa ignara, querem o comprometimento dos candidatos com as causas candentes da sociedade; querem postura condizente com a ética e os padrões morais defendidos pela sociedade; querem solução para as agruras da população; querem transparência nos discursos e nas atitudes; querem certeza de que não serão enganados...

A experiência, entretanto, indica o contrário. De modo geral o que vemos acontecer é aquele que se elege tornar-se mais um explorador do povo.

É verdade que até se fazem campanhas contra a corrupção; campanhas pelo voto consciente; campanha contra a venda de voto; campanhas pela ética na política; campanhas para impedir que malandros sejam candidatos... mas até hoje foram infrutíferas!

Não levaram a nada, além da decepção!

Não estamos falando de um povo pacífico, que defende a paz, mas de uma população passiva, que aceita ser cabresteada.

Não basta dizer que estamos indignados, se, na primeira oportunidade que temos, agimos, embora em escala menor, da mesma forma que os malandros a quem acusamos.

Não basta dizermos que não concordamos, se não tomamos atitudes que corroborem nosso discurso.

Não basta a indignação, se não somos capazes de ação.

O que se pode observar, portanto, é que num momento falamos contra os malandros profissionais e num outro concordarmos com a falcatrua; de um lado está o candidato mau caráter e do outro o eleitor mau caráter.

E um não é pior do que o outro: ambos são lama do mesmo brejo.

Não existe candidato mau, nem bom.

O que existem são candidatos que desejam se eleger.

E, para conseguir isso, apelam... e recebem guarida.

Existem até candidatos que ¨chamam¨ os eleitores batendo no cocho, intimando o eleitor a ¨comer sal¨ em sua mão e, não admitem balidos nem berros !

E qual é a diferença do burro pelo eleitor que se deixa enganar?

O burro se deixa enganar por uma beiçada de sal, o eleitor por promessas que nem sempre são cumpridas.

...

*Kamarada Mederovsk é um ¨cerumano¨ como outro qualquer

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