A bandalha campeia solta no entorno do Palácio Paiaguás.
Ali, no centro do poder político matogrossense, a esbórnia faz fila e a incivilidade permeia o comportamento dos usuários de veículos.
O comportamento dos motoristas no transito, no perímetro palaciano anda deplorável. Ao dirigir ou andar nas ruas adjacentes aos Palácios do Governo e da Justiça, as pessoas agem como se cada uma estivesse unicamente por si, ignoram os outros ou se sentem atrapalhadas por eles.
As regras e os sinais de trânsito, que existem para ordenar esse espaço público, são desrespeitados repetidamente.
A fronteira entre o público e o privado, que já anda tênue, parece se dissipar.
Poucos hesitam em fazer um retorno proibido, estacionar sobre a calçada, estacionar na contra mão, em fila-dupla, em local não permitido, enfim, o desrespeito as regras mínimas e elementares de trânsito é a lei.
Até parece que os sinais de trânsito são meros caprichos de um grupo desconhecido de pessoas.
Não é exagero afirmar que no entorno do Palácio do Governo, vivemos tempos de barbárie nessa questão: cada um por si e vale tudo para atingir a meta pessoal.
Basta de lições de incivilidade e de grosseria.
Os casos - e não são poucos – registram que os envolvidos em irregularidades cometidas no trânsito são autoridades públicas.
Os Agentes de Trânsito, por implicações óbvias; passam ao largo, ali é território proibido; Policiais Militares, preservam suas carreiras, quem quer ser transferido para Colniza, por impor obdiência e ordenar o caos?
Resta, então, a bandalha e a esbórnia.
O predomínio do individualismo sobre a vontade coletiva, a prevalência do poder de uns poucos sobre a razão dos demais são características forjadas ao longo de séculos de uma cultura oportunística e de exclusão social, a qual favorece atitudes anti-sociais por parte da minoria dominante.
E, no entorno palaciano, a minoria dominante permanece ativa desde a construção do centro do poder.
Isso explica os atos de prepotência de gente que se sente superior aos outros.
Mudança de comportamento?
Só com novos padrões civilizatórios, com a incorporação de valores éticos inexistentes no nosso cotidiano, podem dar vez a uma convivência sadia pacífica.
PS
“Bandalha : vocábulo regressivo de «bandalheira»: "Manobra ilegal no trânsito: Fez uma bandalha, cruzando o canteiro central» (in Aulete Digital).”
*Kamarada Mederobsk é um "cerumano" como outro qualquer
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