Falta um cadáver 22/07/2005

Varei a noite testemunhando o depoimento do tesoureiro do PT. Triste espetáculo, deprimente, os fatos nos atingem como se fossem socos no estômago.

Tartamudeios, vociferações, vozes melífluas, canalhices, incompetências, ladroagem explícita e vergonhas expostas.

Em outras civilizações o suicídio seria o melhor remédio; o haraquiri, a cicuta, a forca ; mas, também a lei de Linch, o paredon, a cadeira elétrica, a degola, entre outros seriam instrumentos eficazes para purificar o Estado brasileiro, conspurcado pela corja que loteou o Planalto.

Argumentos pífios, Hanna Arendt, deputada juíza(?), medo, muito medo, coragem de poucos, defesas envergonhadas, vozes embargadas, olhares esgarçados, organização mafiosa, dinheiro sujo, ¨caixa dois¨, recursos não contabilizado, desrespeito à inteligência, lama, muita lama, a corrupção matando a esperança, ofensa ao Paraguay, malas, charutos, land rover, quartos de hotéis, repúdios veementes, análises de contas, mensalão, empréstimos, fiadores, fraudes, Catilina, traições, quebra de sigilos, furto de documentos, cofres, advogados, habeas corpus, ansiolíticos remédios...

Teve de tudo, nem mesmo Shakespeare, escreveria drama melhor.

Só falta um cadáver.

O daqui Deputado Welinton, preocupado com as câmeras, produz patética intervenção. Mudo de canal, vou assistir temporáriamente o Ratinho, aprendo mais.

O outro, também deputado, em que desgraçadamente votei, senhor Abicalil, na maior “sem graceira” oferece argumentos sem nenhuma astúcia, bovinamente caminha para o patíbulo, ensaiando passos enfezados.

Senadora Serys, alôoouu!!!

A entojada Senadora Ideli, reclama, ingenuamente, do mau cheiro, dos maus odores, presente na sala de reunião da CPI. Rápida sua excelência, a alagoana Heloisa Helena, perspicaz com sempre, não perdoa: “é o cheiro da lama”. Previ a resposta e ruidosamente, aplaudi.

Espero agora a inquirição do Zé, o poderoso chefão.

...

*Léo Medeiros é cidadão cuiabano.

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