Carta encaminhada ao Departamento de Jornalismo do Diário de Cuiabá:
Prezado Jornalista,
A perplexidade e a indignação ao ler as loas e parlapatices tecidas ao “braço direito” do crime organizado em Mato Grosso, transcritas no Diário de Cuiabá, me causaram engulhos.
A apresentação do texto a sociedade, assim como a propaganda marxista, desinforma e busca instalar no subconsciente da população, afirmações pré-fabricadas favoráveis ao marginal que até pouco tempo impunha terror em Cuiabá.
Até os cachorros de rua sabiam e já não rosnavam quando a comitiva passava.
A corja manifestava-se livre, poucos arreganhavam os dentes a sanha marginal que se instalava.
Muitos foram exemplarmente executados, esses bandidos, alguns presos, outros beneficiados por leis estúpidas que existem e destroem paulatinamente a sociedade do bem, são todos farinha do mesmo saco, unha e carne, bagos e estrovenga.
Não me venha agora com essa pedagogia do gueto, não me venha com o processo de amestramento, disfarçado de informação.
Fale do acovardamento das autoridades, que receosos da ocorrência criminosa e temor ao enfrentamento, calaram-se por largo tempo; da inoperância do sistema criminal, da lentidão da justiça, do choro e o ranger de dentes das vítimas.
A tradição jornalística do “Diário”, não merecia a baboseira, de curta visão do conhecimento e do respeito humanos.
Repudio a tese promíscua, do quase pacto mafioso, do agrado ao crime, do afago à memória do transgressor.
Os senhores, são muito mais competentes, estão muito acima premissas medíocres que permite inferir a matéria.
Cadê os artigos veementes e muitas vezes desconcertantes que buscam desvendar o desvio do dinheiro público, sobre os ladravazes de gravata, sobre as negociatas nos balcões de luxo?
Já é tempo de lavar lodo fedorento da corrupção, o sangue coagulado de seu colega assassinado.
Liberem as informações preciosas escondidas do público e nunca minimizem os crimes que os líderes mafiosos e seus asseclas praticaram.
Já disse o poeta citado:
Esses moços, pobres moços
Oh!Se soubessem o que sei
Não amavam,não passavam
Aquilo que já passei...
O festejado personagem retratado, fugaz ícone social, o ¨cavaleiro da esperança¨ era na realidade o chefe dos cavaleiros do apocalipse, promovendo assaltos, extorsões e assassinatos.
Não mais a cantilena anestésica e de seus truques de mister M de subúrbio para hipnotizar seus “pobres” leitores.
PS: Continuarei a ler o Diário
...
*Léo Medeiros é cidadão cuiabano.
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