Seguem-se os verdadeiros motivos da rejeição da Polícia no ¨campus¨.
No roteiro de hoje, um passeio por uma Universidade Pública.
Normalmente, notória pela arquitetura vanguardista, pela integração entre concreto e áreas verdes e pelos roubos assaltos e estupros de alunas do período noturno.
Os prédios do campus ficam a centenas de metros de distância uns dos outros. Entre abril e setembro, isso significa caminhar longos trechos sob o sol inclemente do cerrado, com a umidade relativa do ar próxima de zero (é comum ver alunos com o nariz sangrando ou desmaiando por não agüentar a combinação entre calor e seca).
Entre outubro e março, significa caminhar longos trechos sob as tempestades vespertinas que caem nessa época. O intervalo entre as aulas é de dez minutos e, não raro, os alunos não conseguem trocar de sala a tempo.
Os prédios são projetados de modo a atrapalhar as aulas. Os pátios ficam colados às salas de aula e a acústica dos lugares produz eco, de modo que bastam dois alunos conversando (ou um aluno falando sozinho, o que não é incomum) para que todas as aulas sejam perturbadas e ninguém consiga prestar atenção no que o professor está dizendo (não que seja algo relevante).
As portas das salas de aula parecem ter sido confeccionadas antes do século XIV e a cada vez que um aluno atrasado chega, o rangido ensurdecedor interrompe e assusta os demais presentes.
Alunos maconheiros ou simplesmente retardados passam berrando pelas portas, ignorando ou desprezando o fato de que ali tem gente tentando ensinar alguma coisa e mais um bocado de gente tentando cochilar em paz em suas carteiras.
As aulas são, desta forma, uma batalha constante de cordas vocais, resultando daí professores roucos, afônicos e, após algumas décadas de docência, fazendo químio e radioterapia para combater o câncer na garganta.
Há uma clima geral ¨contra tudo isto que está aí¨ e, em nome da ¨liberdade¨, tudo é permitido.
Os ripongas ¨pódi-crê¨ de Ciência Política, Antropologia e História invadem as salas de aula, em bando, aos urros de ¨Fora FMI¨, ¨Abaixo a privatização da universidade pública, gratuita e de qualidade¨ e asneiras tais.
O sindicato dos funcionários da universidade transita livremente pelo campus em seu carro de som ligado em volume de Carnaval baiano, convocando todo mundo à greve contra ¨esse aumento vergonhoso de ¨apenas¨ 25%¨.
O campus todo é pichado com símbolos comunas e saudações do tipo ¨Viva Che!¨.
Qualquer coisa (falta de suco de laranja no bandejão, eleição do Severino para presidente da Câmara, etc) é pretexto para os professores ¨engajados¨ conclamarem greve, contribuindo com seu exemplo para a formação de futuros idiotas entre o corpo discente.
Os alunos quase nunca têm férias, pois estão sempre repondo as aulas perdidas durante a última greve.
Só neste ano, vários carros já sumiram das dependências da Universidade.
Outras dezenas de veículos foram arrombados e tiveram o som levado.
Volta e meia alguma estudante do período noturno é violentada dentro do próprio campus, que não tem iluminação nem segurança, mas tem várias ¨áreas verdes¨ que servem de cenário para os estupros durante à noite e de police-free zone para os maconheiros durante o dia.
Qualquer tentativa de melhorar o ambiente é imediatamente ¨denunciada¨ como uma mutilação do projeto original, como se o arquiteto fosse um deus e, sua obra, coisa divina que a mão do homem não deve tocar.
Há alguns anos, em face dos constantes furtos de equipamentos dos laboratórios, tentou-se instalar portões no prédio principal.
O resultado foi uma manifestação daquele povo dorme-sujo de sempre contra o ¨fechamento da universidade para a sociedade¨ e outras cretinices do tipo.
Os portões estão encostados até hoje e nenhum outro reitor teve coragem de retomar a iniciativa.
É ISSSSO AEEEÊ, MERMÃO!!!
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