Se ao Estado cabe financiar a cultura de um país, cabe-lhe também, como corolário evidente, exercer seu mais legítimo direito: o de censurar quaisquer manifestações culturais que lhe são contrárias. Se o Estado paga pelo espetáculo, pode – e deve – cobrar o espetáculo a seu modo.
O cliente tem sempre razão.
Os artistas brasileiros nada mais são que pelegos, parasitas engambelados no aparato estatal, sempre à procura de verbas, fomentos, incentivos, isenções, contratos.
Curiosamente, esses mesmos artistas geneticamente socialistas acabam por assumir uma postura cinicamente mercantil em relação à arte que produzem –- querem vendê-la, precisam viver de sua arte. E nós precisamos financiá-la.
Não lhes passa pela cabeça a idéia de arcar com os custos e os reveses de suas opções absolutamente pessoais e prosaicas.
Poderiam ser outras: o mesmo biltre que resolveu se tornar artista plástico teria sido taxista, pintor de paredes, funcionário dos correios. E novamente não teríamos nada com isso.
Malditas sejam as mães que incentivam os dotes artísticos de seus filhos.
Tal é a promiscuidade evidente na relação entre artistas e Estado: quem paga deveria, necessariamente, esperar por estes ou aqueles resultados, e de fato o faz. E não está errado.
Proponho, sinceramente, a censura de todos os meios de comunicação brasileiros, de todos os artistas que algum dia chegaram ou vierem a receber qualquer dinheiro estatal.
Quero, no próximo carnaval, ter o prazer de ouvir marchinhas louvando a dignidade de nossos políticos, a história de nossos partidos, as grandes realizações nacionais.
Puxar o saco já é uma instituição nacional. Que agora seja dever de Estado, sob pena de exílio, prisão e trabalhos forçados.
Qualquer semelhança com o que ocorre no país, das mansões de Siá Mariana, em que tudo pode, não é mera coincidência.
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