Descorçoado 27/01/2005

Infelizmente parece que o Brasil, em termos de política, chegou ao fundo do poço e, ao invés de encontrar meios de subir, cava para aumentar a profundidade do buraco.

O caso da prefeitura de Cuiabá é emblemático.

Após os anos de mandato do prefeito ¨da coxinha e da tubaína¨, o atual alcaide, Virso, encontrou uma dívida monstruosa, além de outros destemperos administrativos.

Consultado, o Excelso Pretório que fiscaliza as contas, manifestou-se sorumbaticamente, fazendo recomendações....

Os prejuízos para os munícipes cuiabanos estão a esvair-se pelo esgoto com a complacência dos fiscais da lei, mas, ainda é tempo de reafirmar
a ¨famosa¨ independência.

Mas, o fato absurdo nisso tudo, é a falta efetiva e oficial de ação do Virso e do MP para cobrar a ex-administração pelos desmandos que cometeu; não basta o dito nas entrelinhas.

Simplesmente até o momento nenhuma medida foi tomada, por ninguém, no sentido de responsabilizar os autores dos malfadados atos.

Parece que novamente os acordos ¨políticos¨ entre as facções, digo, partidos, falaram mais alto, provando que no final das contas as faces das moedas são sempre iguais, e, que só divergem por questões eleitorais, um autêntico jogo de cartas marcadas, de resultado previsível.

Azar o do cuiabano que, submetido a impostos, desmandos, dívidas, sujeira, obras inacabadas e/ou mal feitas não tem quem cobre dos responsáveis por esta situação, e vê seu voto servindo como mera formalidade para possibilitar a realização de negociações entre grupos políticos que não têm o menor respeito ou preocupação com as verdadeiras necessidades da população.

Chega de ¨arcaides¨, de conjurações, negociatas, de bererés, de favorecimentos, de vitupérios... ainda é tempo.

Ô, Virso!, faça valer os milhares de votos do povo cuiabano. Aja como o boi marruá na proteção de seu rebanho... O povo já anda meio descorçoado -- ou será desacorçoado?

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