A VIDA NÃO VALE NADA...
Paga quanto?
Dinheiro limpo na mão.
Bala nova no revorve.
Entrou atirando.
Pouco lhe importavam gemidos ou gritos.
Pareciam-lhe risos nervosos de primeiros namorados.
Viu que um menino chorava próximo à mesa da cozinha.
Hesitou.
Criança nunca matara.
Mas, como pra tudo tem uma primeira vez, atirou.
Que era bom o pagamento.
Não deixa rastro, rezava no contrato.
Então, partiu.
Restaram sete corpos e um papagaio emudecido de terror, na casa em chamas. E um par de olhos arregalados de criança impressos-lhe, a fundo, nas retinas.
Mero detalhe.
Logo se apagariam.
O celular tocou, outro serviço......
Léo Medeiros é um ser humano como qualquer outro.
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